sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Secretário do Planejamento morre por falta de atendimento

 (Carlos Vieira/CB/D.A Press )

O secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira, morreu às 5h30 de quinta-feira (19), aos 56 anos. Após sofrer um infarto agudo do miocárdio quando estava em casa, na 303 Sul, foi levado aos hospitais Santa Lúcia e Santa Luzia. Mas, sem um talão de cheques em mãos, teve o atendimento negado. Ele era conveniado da Geap, plano não coberto pelos dois hospitais, segundo as centrais de atendimento. Quando chegou ao Hospital Planalto — o terceiro na busca por uma emergência —, o quadro já estava avançado e os médicos não conseguiram reanimá-lo.

Procurado pelo Correio, o Hospital Santa Lúcia informou que o caso estava sendo avaliado pelo seu Departamento Jurídico. O Santa Luzia garantiu não ter qualquer registro da entrada de Duvanier na emergência. “Iniciamos um levantamento para verificar o assunto”, assegurou Marisa Makiyama, diretora técnica assistencial do estabelecimento. O Hospital Planalto ressaltou que não se pronunciaria devido ao fim do expediente. Duvanier era o responsável pela gestão dos servidores públicos federais e o homem forte da presidente Dilma Rousseff para liderar as negociações com sindicatos e demais entidades representantes do funcionalismo.

O diretor-geral da Polícia Civil do Distrito Federal, Onofre Moraes, afirmou que, diante das denúncias de servidores e dos relatos levados a ele pelo Correio, abrirá inquérito para apurar as condições e o atendimento recebido por Duvanier Paiva nos hospitais Santa Lúcia e Santa Luzia. Se comprovado que houve negligência, os responsáveis poderão ser punidos. A exigência de cheque, cartão de crédito ou outros valores a título de caução para pacientes que alegam possuir plano de saúde é expressamente ilegal.

Órgãos de defesa do consumidor ouvidos pelo Correio consideraram gravíssima a recusa de atendimento a Duvanier, vítima de infarto. O artigo nº 39 do Código de Defesa do Consumidor (CDC) determina, em seu inciso 5º, que o prestador de serviço não pode exigir “vantagem manifestamente excessiva” do consumidor — caso no qual se encaixa o caução, uma vez que o próprio plano de saúde é a garantia do hospital.

Estado de perigo Desde 2003, a Resolução Normativa nº 44 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) também proíbe a cobrança de qualquer tipo de garantia adicional antecipada ou durante a prestação de serviço. “Não é só ilegal. É muito ilegal. Além dessas regulamentações específicas, o Código Civil protege o cidadão das cobranças abusivas no que é classificado como Estado de Perigo, que são essas situações extremas na qual o sujeito está defendendo a própria vida, como quando ele chega a um hospital buscando atendimento de emergência”, enfatizou Joana Cruz, advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

O diretor-geral do Procon-DF, Oswaldo Morais, afirmou que a recusa de atendimento é injustificável, uma vez que a identificação do paciente junto ao plano de saúde é simples de ser feita. “Os hospitais conveniados mantêm contato permanente com as operadoras. Com o número do CPF, é perfeitamente possível saber se a pessoa tem ou não o plano”, afirmou. E mesmo no caso de o hospital não aceitar o plano do paciente, o atendimento, diante do risco de morte, deve ser feito do mesmo jeito, com ressarcimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Morais ressaltou que o Procon pode intervir imediatamente na questão, caso seja acionado. “Nas situações em que somos avisados, podemos entrar em contato com o hospital ou com a operadora e tentar solucionar a questão rapidamente”, completou. Quando há prejuízo à saúde ou nos casos de morte pela negativa do atendimento, a família deve procurar a Justiça — nos Juizados Especiais Cíveis, em ações menores do que 40 salários mínimos ou na Justiça comum, para processos com valor acima desse teto.

Joana Cruz, do Idec, assinalou que não há números precisos para esse tipo de ocorrência, mas que as reclamações de exigência de cheque-caução na rede privada de hospitais são corriqueiras. “Foi exatamente por essa frequência que a ANS baixou essa determinação”, concluiu.





http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2012/01/20/internas_economia,287019/secretario-do-planejamento-morre-por-falta-de-atendimento.shtml

População reclama da falta de médicos em hospitais da capital

Pacientes relatam descaso nos hospitais municipais de Teresina.

Imprimir  Texto: A- A+
O atendimento nos hospitais públicos de Teresina ainda tem gerado reclamações por parte da população. A superlotação e a falta de médicos estão entre os principais motivos.

Em entrevista à TV Cidade Verde, o aposentado Agenor Santos contou que foi ao Hospital do Promorar em busca de um médico, mas foi atendido apenas por enfermeiros. "Eu expliquei que sou diabético e mostrei a ferida. Pedi para falar com um médico, mas ele nunca apareceu. A enfermeira olhou, fez um curativo e me mandou embora".

Uma mãe que acompanhava o filho pequeno denunciou que no mesmo hospital há apenas dois pediatras e que muitas vezes não é possível encontrá-los. "O problema é que quando um vai almoçar, o outro vai junto e não fica nenhum aqui", disse.

Outra entrevistada afirmou que durante a manhã de domingo (15) não havia médicos pediatras no Hospital do Monte Castelo. Em relação a este caso, a Fundação Municipal de Saúde respondeu que o atendimento pediátrico está suspenso no hospital por motivos de reforma. 

A FMS informou ainda que não conseguiu contato com a diretoria do Hospital do Promorar.
 
 
 
 
http://www.cidadeverde.com/populacao-reclama-da-falta-de-medicos-em-hospitais-da-capital-99780
 
 
 
 

Superlotação e atendimento falho são comuns em hospitais públicos

Em Belém, grávida de gêmeos não é atendida por falta de leitos e bebês morrem. O Ministério da Saúde considera esses problemas inaceitáveis.

Médicos fizeram um protesto em Belém pela falta de estrutura e de condições de trabalho nos hospitais públicos. Na terça-feira (23), a obstetra Cynthia Lins foi detida acusada de negar atendimento a Wanessa do Socorro, grávida de gêmeos. A família buscou a Santa Casa e o Hospital das Clínicas. Sem atendimento, o parto começou na ambulância dos bombeiros. Os bebês morreram.
A médica e a Santa Casa se defendem. “A UTI neonatal para 107 crianças está com 123. Realmente extrapola qualquer condição, porque você está colocando em risco as que já estão internadas”, diz Maria do Carmo Lobato, presidente da Santa Casa. Duas diretoras do hospital foram afastadas até que termine a investigação da polícia.
Acompanhe o Jornal Hoje também pelo twitter e pelo facebook.
No Maranhão também há caos no atendimento. São Luís tem dois grandes centros de atendimento de emergência, que recebem 34 mil pacientes por mês. São hospitais feitos para atender a capital, mas a falta de estrutura na maioria das cidades do interior do estado acaba levando muita gente pra lá.
Com uma câmera escondida, a equipe do Jornal Hoje flagrou um homem de 88 anos com trombose deitado em uma maca, sem colchão. Depois de viajar 300 quilômetros ele passou a manhã toda esperando, sem nenhum atendimento. Um outro homem com a perna amputada foi atendido corredor.
O drama nas emergências dos hospitais públicos se repete no país inteiro. A falta de estrutura física não é o único problema. Milhões de reais gastos em grandes reformas nem sempre garantem bom atendimento.
O hospital de Planaltina, perto de Brasília, acaba de ser reaberto. A reforma custou quase R$ 3 milhões. A cara é nova, mas o atendimento continua ruim e de madrugada, tudo piora: emergência lotada, pacientes espalhados e gente chorando de dor.
Em Ponta Grossa, no Paraná, o hospital regional inaugurado há um ano e meio tem 150 leitos e 450 funcionários. Mas na manhã desta quarta-feira (24) só 20 pacientes estavam internados. Dois, dos cinco andares, estão interditados por causa de infiltrações.
O Ministério da Saúde considera esses problemas inaceitáveis e vai cobrar dos estados e dos municípios. “Vamos cobrar, porque estamos apoiando com recursos e estrutura. É fundamental, além do compromisso formal público, a mudança de atitude da rede, uma atitude que tem que ser humana, acolhedora. É pra isso que nós estamos trabalhando", declara Helvécio Magalhães, secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde. Segundo ele, nenhum médico pode deixar de atender, mesmo que seja em maca.
 



FONTE:
http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2011/08/superlotacao-e-atendimento-falho-sao-comuns-em-hospitais-publicos.html

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Sei que o atendimento nos hospitais publicos não são acessiveis aos cidadões carentes


- A falta de atendimento nos postos de saúde

A gestão das duas unidades de saúde,que funcionam em regime de 24 horas,estava a cargo das Osid até o inicio de janeiro mais a instituição desistiu da tarefa,alegando prejuízos financeiros em decorrência dos constantes atrasos nos repasses, pela Prefeitura de Salvador.

Data do ocorrido 06/04/2012

Rozileine Conceição Ribeiro, 37 anos, gravida de três meses, chegou a unidade ás 07 horas da última quarta-feira, em busca de um atendimento no ambulatório. Foram três horas para ela ser chamada a sala de exames.
'' E o pior é que fui atendida na condição de preferencial. Quando isso aqui estava sob os cuidados das Osid era bem diferente. Funcionava direito, como um mini-hospital''

Rozileine diz ter ficado estarrecida ao saber que, na unidade, não há copo para beber água e nem papel higiênico. ” Tem gente que, quando vem aqui e precisa ir ao banheiro já trás o próprio papel higiênico de casa”.